Vídeos da semana

Os vídeos que ficam à direita do vídeo foram alterados. Agora estão alguns trechos da carreira de Antonio Tarver , o Mason Dixon do filme "Rocky Balboa" (2006). Tarver , ex-campeão dos meio-pesados , está voltando aos poucos após derrota para Bernard Hopkins. Ele já lutou e venceu , agora quer desafiar ao título mundial novamente.
Assistam e divirtam-se!

domingo, 24 de junho de 2007

O boxe no Brasil do futuro , não será o mesmo boxe de hoje!


Parece ser um caminho natural. Você começa no amadorismo , quando estiver pronto , parte para o boxe profissional , e sonha alto com bolsas milionárias ou , pelo menos , em fazer seu "pé-de-meia". Aqui no Brasil nunca foi diferente. Aliás , aqui no Brasil era diferente sim , pois não existia apoio nem ao boxe olímpico , nem ao boxe profissional , diferente de outros países que se importavam mais com a nobre arte , reconhecendo a importância cultural desse esporte para livrar a sociedade , ou pelo menos parte dela , do pior lado da vida. Mas , a realidade de hoje , já não é mais a mesma de outrora e a tendência é melhorar.
A principal mudança vem do boxe olímpico. Temos hoje pugilistas que estão no Pan para vencer e não apenas participar. Myke Carvalho , por exemplo , tem mais de 100 combates amadores , o que é raro não só para o Brasil , como para a Amércia do Sul como um todo.
A estrutura para a seleção brasileira mudou , por mais que o governo tenha cortado 400 mil reais na verba desse ano para o boxe , a casa em Santo André continua lá , existe uma equipe de nutricionistas , de fisiologístas e médicos em geral. O próprio Popó estranhou e disse que em sua época de seleção , não existia nada disso.
O resultado disso tudo é um só. Os pugilistas hoje não querem mais sair de suas vitoriosas carreiras olímpicas para o profissionalismo. Isso mesmo , eles não querem partir para o mundo de incertezas que é o boxe profissional no Brasil.Um pugilista profissional no Brasil sofre , as vezes passa fome . Daniel Saboia , campeão brasileiro profissional dos meio-médios , é flanelinha , e faz isso para sobreviver , já que o boxe não é suficiente. Uma realidade infeliz , mas é a mais pura verdade.
No outro lado da história estão os melhores atletas do pugilismo amador brasileiro. Segundo Luiz Claudio Boselli , presidente da confederação brasileira de boxe , os lutadores da seleção chegam á ganhar 2 mil reais mensais , somando-se a verba da própria seleção (que vem da Lei Piva) , patrocinadores pessoais , e dos clubes que representam. É uma garantia salarial que poucos profissionais com ensino superior estão conseguindo por aí. Resumindo , hoje , é possível viver com o boxe olímpico , mas , com o boxe profissional a vida pessoal vira uma incerteza e é muito pouco provável que um pugilista sem apoio que parta para o profissionalismo , consiga sustentar-se sem um trabalho extra , apenas com as bolsas e os patrocínios.
Glaucélio Abreu (nosso titular na categoria dos médios no Pan) , já disse que não pretende ser profissional pois , aos 29 anos , diz já estar velho para o profissionalismo. Myke Carvalho , ao meu ver nosso melhor pugilista amador , aos 23 anos diz não pensar em virar profissional , exatamente devido á realidade dura dessa vertente do esporte aqui no Brasil. Washington Silva , titular dos meio-pesados , já chegou à assinar contrato para profissionalizar-se , mas desistiu do combate , preferindo ficar no amadorismo.
Esses exemplos são para citar a possibilidade , ao meu ver , mais plausível para o futuro do boxe nacional: Nossos lutadores deixarão de lado a vida de pugilista profissional , podendo , com o apoio e as boas condições para lutar como amadores , dedicar-se exclusivamente ao boxe olímpico!
Quem sabe não possamos competir com o boxe olímpico de Cuba , dos EUA , e dos países da antiga URSS , num futuro próximo? Creio que à continuar nesse crescimento , em alguns anos , essa talvez seja nossa realidade.


* E vocês , o que acham?
Comentem , deixando suas opiniões!
Abraços!
Boxing World Brasil - Não Aceite Imitações!

7 comentários:

Unknown disse...

Excelente matéria daniel!
Bom, acho muito legal todo esse incentivo e estrutura que estão sendo dados ao boxe olímpico daqui, e como vc frisou no final, certamente, se continuarmos assim, teremos chance de disputar com as grandes potências dessa vertente da nobre arte.
Porém, o dinheiro no boxe profissional continua e sempre continuará sendo maior. Só que as bolsas milionárias existentes no profissionalismo só chegam perto de alguns. E até chegar nelas, precisa-se trilhar um longo caminho, correndo diversos riscos. Riscos esses que, num país como o nosso, onde o boxe profissional não é incentivado como merecia, apenas aumentam. E essa insegurança cada vez maior acabará por levar nossos pugilistas a preferirem seguir o caminho do boxe olímpico.
É uma ótima notícia, ao mesmo tempo que é triste. Quantos campeões mundias poderíamos ter caso fosse feito um trabalho desses no mundo do profissionalismo? Quantas bolsas milionárias nossos pugilistas teria a chance de vencer? Inúmeros (as). Temos muito talento aqui, porém, muito mal explorado.
Espero que tudo isso sirva pra atrair a atenção para a falta de profissionalismo no boxe profissional brasileiro, e pra, quem sabe, aconteça com ele o que está acontecendo atualmente com o boxe olímpico: crescendo!
Parabéns novamente pela matéria!
abraço

Unknown disse...

O caminho natural que seria sair do amadorismo para o profissionalismo realmente não é uma boa opção no Brasil. Os fatos não mentem, um bom lutador amador consegue sobreviver de Boxe aqui no Brasil, mas já o bom lutador profissional chega até a trabalhar de flanelinha.
Eu particularmente gosto muito de Boxe olimpíco, a forma que os bons lutadores lutam é muito técnica e muito interessante de assistir, porém não posso negar que o caminho que eu queria para o Boxe Brasileiro seria: Dar a sustentação financeira para um pugilista amador e dar espectativa de glória e fama para o pugilista que decidir se profissionalizar. Os promotores de eventos de Boxe Brasileiros deviam investir mais na propaganda para atrair público e assim gerar renda para os profissionais.
Mas podia ser pior, pelo menos o Boxe olimpíco está sendo remunerado dá maneira que merece e isso vai atrair brasileiros para o Boxe e nos tornar competitivos mundialmente!

Lovesongs disse...

É bom que o boxe olímpico esteja crescendo, mais ao mesmo tempo é muito ruim q o boxe profissional seja desvalorizado dessa forma mais calro temos que ver tbm que o boxe profissional cresceu muito. Quando o governo vai entender que o boxe é um grande esporte? Que dá muito lucro, se for investido, e trás um bem estar para populaçõs carentes.
Torço, para q pelo menos quando eu estiver velho (e falta muito), q pelo menos até lah o boxe profissional seja mais valorizado.
Abrásss!
Paulinho

Anônimo disse...

boa materia Daniel!
pow cara é curtir ver como boxe olimpico está e também o que ele pode virar,crescendo sempre mais.mas é triste ver como o boxe profissional tá sendo tratado,espero que melhore a situação.pois os varios talentos que temos aqui no brasil,merecem muito mais que isso.pow uma vergonha o cara ter trabalhar de flanelinha pra se sustentar,e não é um pugilista ruim,é o campeão brasileiro!!!isso me deixa muito triste.
Marcelo

Anônimo disse...

Muito boa matéria, espero q o incentivo ao boxe olimpico continue a crescer cada vez mais, e q em um futuro nao muito distante possamos competir de igual pra igual com os grandes do boxe olimpico, ja q infelizmente o boxe profissional nao gera renda ao atletas, como é o caso do Daniel Saboiam uma verdadeira vergonha um campeao brasileiro passando por essas necessidades. Espero q o Pan no Brasil nao seja apenas uma hipocresia pra gringo ver, e q o incentivo ao esporte como um todo, e claro o boxe incluido, cresça cada vez mais.

Anônimo disse...

cada dia q passa fico mais de queixo caído com a qualidade (e tb a quantidade!) dos textos desse blog! espetáculo, cara!

Guilherme Tolotti disse...

O reconhecimento do Boxe Olímpico no Brasil se dará pela valorização dos atletas, resultado do investimento que está sendo feito.

Eu acredito que esse investimento ainda reverterá no futuro, pois o esporte será mais popular, aí poderemos seguir com segurança para o profissionalismo.